5.11.11

Consciência Negra

Para crianças...

Consciência Negra: o que é isso afinal?

Esta data deve servir para pensar, compreender e valorizar a riqueza cultural dos negros no Brasil.
É a história de um menino, Zumbi. Ele era negro, filho de escravos, mas nasceu livre, lá no Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Pernambuco. Quilombos eram lugares dentro da mata para onde os escravos fugiam, para se refugiar do cativeiro e dos maus tratos das senzalas. Existiam muitos no Brasil e lá os escravos viviam livres, em comunidades onde faziam valer suas próprias regras. Porém, o refúgio era sempre atacado, pois os donos dos cativos os queriam de volta para trabalharem em suas terras. Foi num desses ataques que Zumbi foi capturado e levado para ser criado por um padre na cidade.
Quando cresceu, fugiu e retornou a Palmares para cumprir sua missão: lutar pela liberdade! Essa é a história que consta em arquivos portugueses. Hoje, Zumbi é conhecido na história como líder de Palmares, um guerreiro que esteve à frente de vários combates contra escravidão e pela liberdade. Numa dessas batalhas ele foi morto, em 20 de novembro de 1695.
Epa! Essa data te lembra alguma coisa? Pois é, ela foi escolhida em 1971, pelo poeta Oliveira Silveira e por um grupo de estudiosos composto por pessoas negras, que se reuniam em Porto Alegre, o Grupo Palmares. “Essa idéia se espalhou por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final dos anos 1970, já aparecia como proposta nacional para o dia da Consciência Negra. Esta história não pode ser esquecida”, conta Flávio dos Santos Gomes, escritor e professor do Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Você agora pode estar se perguntando: mas e o 13 de maio de 1888? Não é essa a data em que foi decretado o fim da escravidão no Brasil? Para muitos, apesar de ser importante para nossa História, essa data não mudou a realidade dos negros. Os escravos libertos e seus descendentes não eram tratados igualmente depois da abolição da escravatura e, até hoje, a luta pela igualdade racial continua. Por isso, uma nova data, mais representativa, foi escolhida. “O nome já diz: ‘consciência e protesto’ para a situação de exclusão sócio-econômica da população negra no Brasil passados 117 anos do fim jurídico do sistema escravista”, afirma o professor Flávio dos Santos Gomes.
Por isso, dia 20 de novembro é um dia de liberdade para os corações de todos os brasileiros. Dia de refletir e conversar sobre a igualdade de direitos entre as pessoas, homens ou mulheres, negros ou brancos. Que tal refletir um pouco sobre isso?


Leituras para o dia da consciência negra


Felicidade não tem cor
Julio Emilio Braz

Fael é um menino negro que não está contente com a sua cor e decide partir em uma aventura com a sua amiga (e boneca) Maria para conseguir o endereço de Michael Jackson e a fórmula para mudar de cor. Uma história comovente sobre racismo.

As tranças de Bintou
sylviane a. diouf

As tranças de Bintou é uma história comovente que permite repensar o Brasil através dos costumes africanos. "Grande parte da minha pesquisa é dedicada à história e à cultura do povo africano. Quando me dei conta de quão pouco conhecemos esses assuntos, senti que deveria partilhar o que aprendi, não somente com adultos, mas também com os leitores mais jovens que, espera-se, cresçam mais bem informados que as gerações anteriores. (A Autora)

Histórias da Preta
Heloisa Pires Lima


Descendente dos negros africanos que vieram trabalhar no Brasil, a menina fala do que descobriu sobre seus antepassados, e narra sua experiência como uma brasileira que muitas vezes não é tratada como as demais.


 
O Menino Marrom - Ziraldo

"Sua pele era cor de chocolate. As bolinhas dos olhos pareciam duas jabuticabas: pretinhas. Os cabelos eram enroladinhos e fofos. Pareciam uma esponja."

Editado pela primeira vez em 1986, conta a história de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos.
Série Mundo Colorido, da Editora Melhoramentos.



 A Bonequinha Preta - 

http://www.4shared.com/file/CdxSDGcb/A_Bonequinha_Preta.html
 


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